Os alunos dos sextos anos do Marista receberam a visita de alguns índios da aldeia indígena Guarani do Piraí, em Araquari, às margens da BR-280. No momento, estiveram presentes as índias Regina Gabriel Costa, de 20 anos e Rosângela Gabriel, de 21 anos que é professora da língua Guarani e, também trouxe suas duas filhas pequenas.
Com olhares tímidos e voz baixinha as duas jovens índias responderam a todas as dúvidas e curiosidades dos nossos alunos. Explicando como era o dia a dia na aldeia e sua cultura na tribo.
Elas destacaram que a aldeia possui uma população de cerca de 120 pessoas, que pertencem à etnia Guarani-Mbya e que sobrevivem da venda dos artesanatos, ajuda da comunidade e do Bolsa Família – programa do Governo.
Os nossos alunos interagiram com muitas perguntas, a exemplo de como nasciam as crianças e quando ficavam doentes o que faziam, como realizavam suas orações e de qual cidades eles eram.
Os nascimentos segundo Regina são feitos na aldeia, parto normal, caso tenha necessidade é encaminhado ao hospital, da mesma forma quando ficam doentes, tentam tratar na própria aldeia, caso contrário o índio é levado ao pronto atendimento.
Eles também possuem a própria religião, conseguem manter vários costumes do dia a dia, a agricultura e o artesanato – mecanismo de geração de renda mais comum. Os produtos que eles usavam antes como cocares, colares, pulseiras e chocalhos, hoje são feitos para comercialização. Ela explicou também, que na aldeia existe uma escola indígena onde se dá a alfabetização bilíngue das crianças com professores indígenas.
Sobre suas origens elas deixaram claro que todos são do Brasil, elas explicaram que não fazem essa separação de cidades e estados, que todo o território é brasileiro, portanto são do Brasil.
Se pararmos para refletir, temos diversas referências dos índios. Por exemplo, Jaraguá é um termo indígena e Rio Itapocu, cujo nome significa pedra comprida. As nossas referências de nomes na nossa própria cidade são indígenas, ou seja, eles sempre estiveram aqui, por isso precisamos dar mais atenção a esses povos e suas culturas.
A ação está dentro do Projeto Solidariedade, que está sendo trabalhado com os alunos dos sextos anos sobre intervenção social. A próxima etapa do projeto será levar esses alunos para conhecer a aldeia e ter o contato inloco com os índios.
